Venha fazer parte das Oficinas ETNO Botânica

As oficinas presenciais de capacitação, ministradas por Eber Lopes Ferreira, proporcionam uma imersão no universo das cores de origem natural. Suas atividades incluem:

01.  Oficina de Índigo – Colheita, Extração e Tingimento

Com foco na produção e aplicação do corante/pigmento azul índigo, nesta Oficina de Índigo – Colheita, Extração e Tingimento o aluno terá uma experiência imersiva oferecida pela ETNO Botânica, desde a colheita das plantas até a extração do corante/pigmento e o tingimento de tecidos naturais (algodão, lã e seda). 

Durante essa oficina, o participante têm a oportunidade de aprender sobre o processo completo de produção do corante índigo, visita ao nosso viveiro de produção de mudas … e realizará a colheita das folhas em nossa área de cultivo das anileiras, com a experiencia prática nas instalações onde são processadas as folhas de anileiras para a obtenção do corante/pigmento índigo natural. 

Os participantes também aprendem a preparar a Tintura Mãe (Extrato concentrado de Índigo na forma solúvel), a elaborar o banho de tingimento e realizam na prática o tingimento de uma camiseta, finalizando o processo com a fixação da cor azul índigo

Carga horária: 24 horas. Veja nossas divulgações de datas em nossas redes sociais

02. Oficina de Coloração para Formulações de produtos Cosméticos Naturais

Teoria e prática sobre métodos de aplicação de extratos vegetais corantes e pigmentos naturais em cosméticos. 

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03. Oficina de Estamparia Natural sobre Tecidos com Pigmentos de Origem Vegetal e Mineral

Aprenda diferentes Técnicas de impressão sobre tecidos de fibras naturais com o uso de carimbos, block printing, stencil e nas técnicas de serigrafia com o uso de Pigmentos Naturais. 

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04. Oficina de Tingimento Natural – Módulo I:

         Capacitação em extração, preparação de tinturas, mordentes e a realização de 16 Cores  partir de diversas plantas e extratos utilizados no tingimento natural aplicado a tecidos e fios de fibras naturais. 

Carga horária: 24 horas. Veja nossas divulgações de datas em nossas redes sociais

Instrutor: Eber Lopes Ferreira, especialista em produção e aplicação de corantes e pigmentos naturais, com longa experiência em pesquisa e desenvolvimento de produtos sustentáveis. Fundador da ETNO Botânica e autor do livro “Corantes Naturais da Flora Brasileira – Guia Prático de Tingimento com Plantas”.

05. Oficina de Tingimento Natural – Mordentes Vegetais e Minerais – Modulo II

        A Oficina de Tingimento Natural – Mordentes Vegetais e Minerais – Modulo II é uma experiência teórico/prática imersiva que ensina sobre a origem dos diferentes mordentes e agentes de fixação, sua natureza e métodos práticos sobre a capacidade destes taninos e mordentes em alterar as cores  dos extratos vegetais corantes durante os tingimentos. Durante a oficina, os participantes terão contato com um profundo conhecimento sobre taninos e mordentes de origem natural, aprenderão a modificar as cores dos extratos vegetais corantes em diferentes técnicas em tecidos naturais (algodão, lã e seda natural), dominando suas propriedades, sua fixação e benefícios dos tingimentos naturais realizados com estes taninos e mordentes.

          A oficina é ministrada por Eber Lopes Ferreira, especialista em produção e aplicação de corantes e pigmentos naturais, e oferece uma oportunidade única de aprender sobre a influência dos taninos em combinação com mordentes nas técnicas de tingimento natural de forma lúdica, sustentável e ecológica.

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Para mais informações e inscrições, entre em contato pelo e-mail cursos@etnobotanica.com.br 

ou pelo  WhatsApp: (11) 98107-4046.

Conheça mais.

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Esse centro de salvaguarda e pesquisa, único no Brasil, visa reunir em um só lugar:

– Um jardim de plantas tintoriais;

– Um viveiro de mudas a partir da coleta de sementes de plantas nativas;

– Um laboratório de corantes e extratos vegetais; 

– Um laboratório de pigmentos minerais e vegetais;

– Um acervo de tecidos (tecido-teca em diversas construções em fibras naturais);

– Um centro de documentação do conhecimento e de saberes tradicionais;

– Um centro de capacitação e realização de atividades vivenciais; 

– Um banco de sementes de plantas úteis e tintoriais.

Contexto – ambiental e local

Ao observarmos as escrituras rupestres, presentes em quase todo território sul-americano, e a pintura corporal – registros da cultura material de diversas etnias brasileiras, é sabido que o conhecimento sobre o uso dos pigmentos minerais e vegetais faziam parte do cotidiano destes povos tradicionais durante o período pré-colombiano. Nossos antepassados dominavam estas técnicas para conferir cor às suas indumentárias, identidade social, ornamentos e moradias. 

 

A América Latina, em toda sua riqueza natural e biodiversidade, possui uma grande variedade de espécies de plantas tintoriais, existentes em nossos diversos biomas e ecossistemas, que são invisíveis aos olhos. Essa flora contém um tesouro inestimável em ativos, entre eles os corantes naturais, e nesse contexto o Brasil é o maior detentor de espécies de todo o planeta. Nossa biodiversidade é, portanto, o cofre de um patrimônio bioquímico riquíssimo e inexplorado. 

Como exemplo, O Cerrado brasileiro é considerado o segundo maior bioma da América do Sul, abriga a savana mais rica do mundo, sua flora possui mais de 11.600 espécies nativas catalogadas. Nesta região, do entorno ao Conservatório ETNO Botânica – CEB, a tradição cultural do uso de corantes vegetais para tingir fios de lã e algodão, utilizados nos teares manuais, vem de longa data nestas comunidades rurais de Minas Gerais e Goiás. 

 

Portanto, além dos aspectos ambientais, o resgate destes saberes tem grande importância social e cultural, uma vez que muitas populações tradicionais presentes nesta região, trazem em sua cultura material, parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, além de que detêm um conhecimento intangível sobre o uso correto de nossa biodiversidade.

Elementos determinantes 

Desde a era pré-histórica, a humanidade se serviu dos pigmentos de origem vegetal, animal e mineral para realizar pinturas rupestres e corporais, como registro material de sua relação com a natureza e do universo simbólico destas diversas etnias. 

Após o período Renascentista até a Revolução Industrial muitas destas matérias-primas eram utilizadas para tingir tecidos e para conferir cor aos mais diversos materiais e superfícies, atingindo seu apogeu em meados do século XIX. 

 

Com o advento da Química Orgânica, a partir de 1856, dá-se inicio uma revolução química sem precedentes na história, e com ela a disseminação das cores sintéticas, que passou a dominar o mercado mundial, uma vez que estas “anilinas – cores químicas” eram mais baratas, com cores vibrantes, de rápida obtenção e de fácil aplicação da cor nos tecidos.

Frente a essa perda de originalidade e descaracterização de nossa história material, resultado dos fenômenos de colonização e mais recentemente da globalização, o Conservatório CEB – visa resgatar este conhecimento e difundir estas cores de origem viva. 

 

Hoje, é notório que está em curso em diversos países do mundo, o renascimento das cores naturais, e a implementação destas práticas constituem uma alternativa real para as questões ambientais mais urgentes, por serem as cores parte importante de uma abordagem integrada do chamado desenvolvimento sustentável, oferecendo soluções de ordem social, econômica e ambiental para melhorar a qualidade de vida de todos nós, devolver nossa autoestima ao resgatar o conhecimento de nossa cultura material e promover o conhecimento e a conservação da natureza que nos cerca.

A Origem do Conservatório ETNO Botânica

Pesquisador de longa data e especialista em corantes, pigmentos naturais e suas aplicações, o designer têxtil, ambientalista com especialização em Química Têxtil, Eber Lopes Ferreira, atua a muitos anos como consultor sênior na concepção e execução de projetos sociais ligados ao desenvolvimento local sustentável. Visando a geração de renda na zona rural do país; realiza estudos, pesquisa e desenvolve estratégias para inserção de produtos agroflorestais e artesanais no mercado; vem realizando projetos de pesquisa e desenvolvimento de produtos ligados a etno-botânica no Brasil e no exterior, em particular junto as fibras têxteis e corantes naturais. Ministrou ao longo de sua carreira inúmeras oficinas de Tingimento Natural, Fiação, Tecelagem e Cestaria, organizadas por meio de instituição não governamentais e pelo SEBRAE em diversos estados do Brasil. 

A partir de 2008, passou também a ministrar oficinas e workshops sobre “tingimento com plantas” no Atelier ETNO Botânica em São Paulo. Atualmente é o coordenador responsável e sócio-diretor da empresa ETNO Botânica Produtos Sustentáveis Ltda. com Reconhecimento de “Notório Saber em Corantes e Pigmentos Naturais e suas Aplicações” pela Associação Brasileira das Indústrias Têxteis (ABIT).